quarta-feira, 5 de maio de 2010

Portugal defende áreas protegidas em mar alto

No encontro da Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho do Atlântico Nordeste, Portugal avançou com revolucionária proposta de criaçao de áreas marinhas protegidas em mar alto.
Decorreu no Funchal, em Março, uma reunião da Convenção para a Protecção do Ambiente Marinho do Atlântico Nordeste. Os países signatários da Convenção, no qual se inclui Portugal, fizeram-se representar, tendo o mesmo acontecido com as Nações Unidas e algumas organizações não governamentais de intervenção ambiental, como a WWF.

A proposta que mereceu mais elogios até aqui foi feita pelo Governo Regional dos Açores. Os termos da proposta defendem a criação de quatro Áreas Marinhas Protegidas em Mar Alto, o que se traduziria numa extensão da área de soberania portuguesa para além das 200 milhas náuticas, conforme é vigente em outros países europeus.

As quatro áreas - "Altair, "Antialtair", "SouthernMAR" e "Josephine" - situam-se ao largo dos Açores e entre o continente português e o Arquipélago da Madeira. A sua criação tem como objectivo a preservação destas zonas, reduzindo a perda de biodiversidade e impedindo a degradação dos fundos marinhos.
A proposta foi saudada pela WWF, que louvou a iniciativa das autoridades portuguesas, chamando-lhe "um avanço revolucionário em termos de governação dos oceanos" e "únicas em termos legais, com o Estado do país costeiro a ser responsável pela protecção dos recursos naturais do fundo marinho, e os órgãos internacionais a encarregarem-se da protecção diversidade biológica marinha das respectivas águas de Mar Alto".

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