quarta-feira, 5 de maio de 2010

Alemanha pretende liderar o fabrico de carros eléctricos

Alemanha quer assumir a liderança do mercado de carros movidos a electricidade e já traçou como meta ter um milhão de veículos eléctricos até 2020, num congresso realizado em Berlim para criar uma plataforma nacional. Nessa conferência participaram, além da chanceler, Angela Merkel, e vários ministros federais, representantes dos principais fabricantes automóveis e empresas energéticas do maior país da União Europeia.


O tema central dos debates incidiu sobre as novas tecnologias para substituir os combustíveis fósseis nos motores dos automóveis, nomeadamente a energia eléctrica e as células de hidrogénio. A questão das infra-estruturas para o novo tipo de veículos, a respectiva formatação, a reciclagem e os materiais a utilizar no fabrico foram outras questões abordadas.
No Primeiro Congresso da Electromobilidade, em Berlim, os fabricantes de automóveis deixaram claro que são necessárias bonificações fiscais e outros apoios do Estado para acelerar a entrada no mercado dos novos veículos.


O presidente da Confederação da Indústria Automóvel, Matthias Wissmann, advogou “uma via comum europeia” para desenvolver os carros eléctricos, no que se refere aos subsídios à indústria. A chanceler, Angela Merkel, não respondeu directamente às propostas dos industriais, mas admitiu que “sobretudo a investigação” dos novos veículos possa ser fomentada.
O objectivo do congresso era “coordenar melhor a concessão e produção de carros eléctricos”, disse o ministro federal dos transportes, Peter Ramsauer. Para concretizar estes planos foram formados sete grupos de trabalho com a participação de responsáveis políticos e das indústrias envolvidas, os quais começarão a funcionar em finais de Maio.


Todos os fabricantes de automóveis alemães, excepto a Porsche, estão a trabalhar intensivamente na investigação de carros eléctricos, e esperam ter vários modelos no mercado em 2013. A Ruf está a desenvolver Porsche eléctrico.
A BMW anunciou o lançamento do Megacity Vehicle, e testa actualmente uma frota de 600 carros de dois lugares movidos a electricidade.
A Daimler-Mercedes vai arrancar com a produção em massa do Smart eléctrico, sendo que já circula em Portugal um exemplar do modelo para testes de estrada.
A Audi lançará o primeiro veículo deste género em 2012, o e-tron, um carro desportivo, com 330 cavalos de potência, e uma velocidade de ponta de 230 quilómetros por hora, que custará mais de 100.000 euros.
Além disso a fábrica de Ingolstadt projecta também uma versão eléctrica do A1 (na imagem), cuja versão a gasolina estará à venda ainda este ano.
A Volkswagen, maior fabricante europeu, já anunciou também o «mini» Up, a partir de 2012, e no mesmo ano versões movidas a electricidade do bestseller Golf e do Jetta, além do E-Lavida, para o mercado chinês, este último talvez ainda mais cedo.
Quanto à Opel, já revelou que comercializará na Europa, também até 2013, uma versão híbrida do Ampera, derivado do Chevrolet Volt, a electricidade e com um pequeno motor a gasolina para carregar a bateria, semelhante ao Volt, que começará a ser vendido em 2011 nos EUA.

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